Realiza oficina de cartaz sobre o Dia Nacional de Combate ao Fumo nos dias 15 e 22/08 ,
que acontecerá no dia 29/08/12
Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do
cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico,
amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos
veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em
altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas
fumando deixam no nosso Planeta.
Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta.
Além dos danos à saúde (como diferentes tipos de câncer, doenças
cardiovasculares, doenças respiratórias, dentre mais de 50 doenças
diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção
do tabaco há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade:
desmatamento, uso de agrotóxicos, agricultores doentes, incêndios e
poluição do ar, das ruas e das águas.
Meio ambiente e tabaco
O tabaco, além de prejudicar a saúde de quem fuma, agride o meio
ambiente, pois florestas inteiras são devastadas e utilizadas como
combustível para alimentar os fornos à lenha e as estufas, que secam as
folhas do fumo antes de serem industrializadas.
As ações de desmatamento
para a produção do fumo de tabaco contribuem de forma significativa
para o desmatamento global, correspondendo a
aproximadamente 5% do total
desmatado nos países em desenvolvimento. Para cada 300 cigarros
produzidos, uma árvore é queimada. Cada 15 maços de cigarro que chegam
ao mercado sacrificam uma árvore.
Poluição do ar, das águas e matas
A fumaça do
cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico,
amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos
veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em
altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas
fumando deixam no nosso planeta.
Filtros de cigarros desprezados no chão e outros locais inadequados e,
depois, levados pela chuva para lagos, rios, oceanos, florestas e
jardins, demoram cerca de 5 anos para se decompor,
podendo matar peixes,
animais marinhos e aves que podem ingeri-los. As pontas de cigarro
lideram a lista de itens mais coletados nas praias e correspondem de 25 a
50% de todo o lixo coletado em ruas e rodovias.
Uso de pesticidas e agrotóxicos
Grande parte da
produção do fumo é feita por agricultores familiares. Na lavoura,
trabalham cerca de três a quatro integrantes de cada família, incluindo
crianças e adolescentes. Levantamento com fumicultores na região Sul do
Brasil concluiu que 55% não usam equipamentos de proteção, como
máscaras, luvas e botas.
A pesquisa também concluiu que 48% dos familiares dos agricultores
sofrem de problemas de saúde associados ao uso de substâncias químicas,
como dores de cabeça persistentes e vômitos.
O estudo revelou, ainda,
que aproximadamente 80% das famílias se desfazem dos resíduos
inadequadamente, jogando os recipientes vazios de agrotóxicos nas
florestas ou queimando-os. Ainda em relação ao uso de
agrotóxicos e seus efeitos, entre os fumicultores observa-se maior risco
de desenvolvimento de alterações comportamentais, que podem evoluir
para depressão e até suicídio
Estudo de 1996 encontrou fortes indícios da relação entre a utilização
de pesticidas na fumicultura e o aumento das taxas de suicídio no
município de Venâncio Aires (RS), um dos maiores produtores de fumo em
folha da região.
A
colheita das folhas de fumo ocorre em dezembro e janeiro, na qual
utiliza-se, massivamente, a mão-de-obra infantil. Tanto que o calendário
escolar da região do fumo teve que se adequar a esta realidade,
antecipando o término do ano letivo ao início da safra.
Incêndios
25% de todos os incêndios são provocados
por pontas de cigarros acesas, tanto domésticos quanto em matas e
florestas, o que resulta em destruição e mortes.
Fumo passivo
Estudos revelam que entre pessoas
expostas ao fumo passivo há risco 30% maior de desenvolver câncer de
pulmão, 30% mais risco de sofrerem doenças cardíacas e 25% a 35% mais
riscos de terem doenças coronarianas agudas. Além disso, a propensão à
asma e à redução da capacidade respiratória é maior neste grupo.
Um recente e importante avanço na política nacional de controle do
tabagismo foi alcançado com a aprovação, pela presidente Dilma Rousseff,
da Lei Federal 12.546/2011, que proibiu o fumo em recintos coletivos
fechados em todo País.
Com a aprovação dessa medida, o Brasil enfatiza o cumprimento do artigo 8º da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco
(CQCT), que determina que os países que assinaram o documento adotem
medidas para proteger a população dos riscos do tabagismo passivo em
ambientes públicos, locais de trabalho e meios de transporte.
Segundo
a OMS, a poluição tabagística ambiental, resultado da fumaça exalada
pelo fumante, é a maior causa de poluição de ambientes fechados e a
terceira maior causa de morte evitável no mundo.
No Brasil, pelo menos, 2.655 não-fumantes morrem a
cada ano por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. O que equivale
dizer que, a cada dia, sete brasileiros que não fumam morrem por doenças
provocadas pela exposição à fumaça do tabaco.